quinta-feira, maio 10, 2007

A Carol

Foi num desses surtos de falta de inspiraçao que eu comecei a espancar o teclado do meu lap top em busca frenética por alguma coisa em páginas da web, no messenger, num texto velho qualquer.
Eis que errando de link em link eu clico na Carol Teixeira, que nunca leio nem sou grande fa. Na verdade até fazia carinha blasé pra ela. Fazia.
Vejo um texto que traduz exatamente esse pânico da tela em branco, esse medo de escrever um texto de merda, esse impulso de boicotar a nós mesmos inventando desculpas e compromissos para nao tocar os dedos no teclado.

"Mas eis que lendo um livro fantástico, 'A Louca da Casa', da espanhola Rosa Montero, me deparo com um trecho em que ela fala justamente sobre isso. Não só fala como desvenda o mistério que leva alguns escritores, incluindo ela mesma, a sentirem esse pavor e muitas vezes fugirem da escrita. Senti como se ela estivesse explicando exatamente o que eu sentia. Há muito tempo não me dentificava tanto com algo que outra pessoa escrevia. Ela fala que nós, escritores, dependemos muito de uma coisa que os gregos chamariam de daimon, essa coisa inexplicável que alguns chamam de inspiração. Não é como um advogado que se estudou o suficiente saberá executar sua função, não é como um matemático que sempre saberá que dois mais dois são quatro. Não, é diferente. É isso que dá medo, é isso que apavora: começar a escrever e ter medo de não conseguir encontrar o seu daimon."

É! Eu também, Carol, fazia tempo que nao me identificava tanto com algo que outra pessoa escrevia.
Me empolguei e li outros textos dela. Descubri que, nossa! eu tenho muita coisa em comum com essa outra Carol pra quem eu fazia pouco caso.
Como por exemplo rechaçar gostos unânimes (eu nao gostava de Chaves na infância) e ao mesmo tempo ser extremamente eclética pra tanta coisa - sem essa de "ou", o negócio é "e".

Uma hora dessas eu desenvolvo.
Agora tenho que acabar um outro texto.
Acho que encontrei meu daimon.

7 comentários:

Anônimo disse...

From Wikipedia.com

The words daemon and daimon, sometimes dæmon, are Latinized spellings of Greek δαιμων, used purposely today to distinguish the daemons of Greek mythology, good or malevolent "supernatural beings between mortals and gods, such as inferior divinities and ghosts of dead heroes", from the Judeo-Christian usage demon, "a malignant spirit that can seduce, afflict, or possess humans." The Greek translation of the Septuagint, made for the Greek-speaking Jews of Alexandria, and the usage of daimon in the New Testament's original Greek text, caused the Greek word to be applied to a Judeo-Christian spirit by the early 2nd century AD. Then in late antiquity, pagan conceptions and exorcisms, part of the cultural atmosphere, became Christian beliefs and exorcism rituals. The transposition has recently been documented in detail, in North Africa, by Maureen Tilley.

cintilante disse...

'Santo Daimon', dizem.

Deboríssima disse...

O lance é se abrir pra tudo, porque sempre do tudo se encontra algo, até mesmo o nada.

Anônimo disse...

mas se o nada, nada é, como pode fazer parte de algo?

Tina disse...

chaves E chapolin. sucks.

:p

que sem vergonha eu sou. Mas voltarei a vida. I promisse! Meanwhile, que tal entrar no flickr pra retomarmos nossas relaçoes fotograficas? hein hein?

alice disse...

ou iés.

mas eu sou bem mas tu, Carol Zizita.

já saudades.

entra lá no meu blog e te reapaixona por barça, curte com ela esse amor.

beijos e més beijos e més beijos e més beijos...

Anônimo disse...

tô com a Lica, sou muuuito mais tu Carol Bela!
mwah!

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